A tokenização de imóveis é uma das tendências mais promissoras quando falamos de inovação no mercado imobiliário. Por meio da tecnologia blockchain, essa solução permite dividir um ativo físico, como um imóvel, em diversas frações digitais, conhecidas como tokens.
Esse recurso abre novas possibilidades para quem deseja investir no setor, pois facilita o acesso a bens que antes exigiam alto capital inicial. A seguir, você vai entender que é tokenização de imóveis, como funciona, suas vantagens, desafios e como ocorre na prática. Boa leitura!
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O que é tokenização de imóveis?
A tokenização de imóveis é uma inovação que está transformando as formas de investimento no mercado imobiliário. Na prática, esse processo consiste em dividir um imóvel, seja um apartamento, uma sala comercial ou um terreno, em várias frações digitais, chamadas tokens.
Cada token representa uma pequena parte da propriedade, funcionando como uma espécie de “cota” registrada em uma rede blockchain.
Essa tecnologia permite que dezenas, centenas ou até milhares de investidores dividam um mesmo imóvel, cada um com a sua fração registrada de forma segura, imutável e transparente. Ou seja, ao invés de comprar um imóvel inteiro, o investidor adquire uma parte dele por meio de tokens, com valor proporcional ao total do ativo.
É uma forma acessível, moderna e eficiente de participar do mercado imobiliário, democratizando oportunidades que antes estavam restritas a grandes investidores.
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Blockchain e a segurança dos registros
Toda tokenização acontece em uma rede blockchain, que funciona como um livro-caixa digital imutável. Isso garante o registro permanente de cada transação com tokens, de forma auditável e livre de intermediários. O resultado é um sistema mais ágil, confiável e seguro.
Imagine um apartamento avaliado em R$ 1 milhão. Por meio da tokenização de imóveis, é possível dividi-lo em mil tokens de R$ 1.000 cada.
Assim, investidores com diferentes perfis podem adquirir esses tokens e se tornarem coproprietários do bem, recebendo rendimentos proporcionais caso aluguem ou vendam o imóvel.
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Quais as vantagens da tokenização imobiliária?
A tokenização imobiliária traz diversos benefícios tanto para investidores quanto para proprietários e desenvolvedores do setor. Entre os principais, estão:
- Democratiza o investimento imobiliário;
- Liquidez aumentada;
- Transparência e segurança;
- Diversificação de portfólio.
Entenda!
1. Democratiza o investimento imobiliário
Uma das maiores vantagens é permitir que pessoas com menos capital consigam investir em ativos antes inacessíveis. Com valores reduzidos, é possível participar de projetos de grande porte ou adquirir partes de imóveis comerciais e residenciais.
2. Liquidez aumentada
Ao tokenizar um imóvel, é possível negociar seus tokens em plataformas digitais, o que facilita a compra e venda. Isso representa um grande avanço frente ao mercado tradicional, no qual a negociação de um imóvel costuma ser burocrática e demorada.
3. Transparência e segurança
Como os registros são feitos em blockchain, todas as informações ficam acessíveis para os envolvidos. Isso reduz a necessidade de intermediários e aumenta a confiança no processo.
4. Diversificação de portfólio
Investidores podem aplicar em diferentes tipos de imóveis (residenciais, comerciais, logísticos) e em diferentes regiões, dividindo o risco e ampliando as oportunidades.
Como funciona a tokenização de ativos imobiliários?
O processo de tokenização de ativos imobiliários envolve tecnologia, avaliação jurídica e estratégia de mercado. Veja como funciona cada uma de suas etapas a seguir.
Estrutura legal
Antes de tudo, é preciso garantir que a divisão do imóvel em tokens esteja de acordo com a legislação brasileira. Um contrato regulando os direitos e deveres dos token holders é essencial para dar segurança a todas as partes.
Plataforma digital
A empresa responsável pela tokenização usa uma plataforma blockchain para emitir os tokens. É possível comprar e vender os ativos digitais por meio da própria plataforma ou de marketplaces especializados.
Participação nos resultados
Quem adquire os tokens passa a ter direito a parte dos rendimentos do imóvel, seja com aluguel, valorização ou venda futura.
Quais são os principais desafios da tokenização de imóveis hoje?
Apesar das inúmeras vantagens, a tokenização de imóveis ainda enfrenta desafios importantes no Brasil. O principal deles é a falta de uma regulamentação específica e clara.
Por ser uma tecnologia relativamente nova, ainda não há normas consolidadas para regular todos os aspectos da tokenização no setor imobiliário. Isso pode gerar insegurança jurídica, especialmente para investidores mais conservadores, que preferem operar em ambientes totalmente normatizados.
A ausência de regras bem definidas também pode limitar o crescimento da prática, pois afasta grandes players, que aguardam uma base legal mais sólida para atuar.
Outro ponto de atenção é a adoção do mercado. Como qualquer inovação disruptiva, a tokenização ainda é desconhecida por muitos profissionais e investidores. Afinal, a curva de aprendizado exige tempo e envolve tanto o domínio de conceitos financeiros quanto o entendimento da tecnologia blockchain.
Além disso, o setor precisa lidar com a volatilidade tecnológica, já que as plataformas estão em constante evolução e exigem atualização frequente dos envolvidos.
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Passo a passo para tokenizar um imóvel
A tokenização de imóveis segue algumas etapas básicas:
- Escolha do imóvel;
- Avaliação e documentação;
- Definição da estrutura e criação do contrato;
- Emissão dos tokens em blockchain;
- Comercialização dos tokens;
- Negociação e distribuição de lucros.
Saiba mais!
1. Escolha do imóvel
Tudo começa com a seleção do bem que será tokenizado. Pode ser um apartamento, uma sala comercial, um prédio inteiro ou até um terreno. O importante é que o imóvel tenha valor de mercado, potencial de retorno e possa ser fracionado digitalmente de forma viável.
2. Avaliação e documentação
Em seguida, o imóvel passa por uma análise jurídica e financeira. Uma equipe especializada verifica se toda a documentação está em ordem e realiza uma avaliação de mercado para definir seu valor real. Essa etapa é fundamental para garantir segurança e transparência no processo.
3. Definição da estrutura e criação do contrato
Depois da avaliação, é importante definir as regras da tokenização, que incluem o número de tokens, os direitos de cada investidor (como participação nos lucros) e como vai ocorrer a distribuição de rendimentos.
Todos esses detalhes precisam ser formalizados em um contrato inteligente, que garante a execução automática dos termos acordados.
4. Emissão dos tokens em blockchain
Com o contrato pronto, ocorre a geração dos tokens em uma plataforma baseada em blockchain – a tecnologia que assegura a autenticidade, rastreabilidade e inviolabilidade das transações. Cada token representa uma fração do imóvel e está atrelado aos direitos definidos no contrato.
5. Comercialização dos tokens
Após a emissão, os tokens ficam disponíveis para compra em plataformas digitais especializadas. Os investidores podem adquirir quantas frações desejarem, de acordo com seu orçamento, o que torna o investimento em imóveis mais acessível e democrático.
6. Negociação e distribuição de lucros
Quem compra os tokens passa a ter direito a participar dos rendimentos que o imóvel gera, como aluguel ou valorização de venda. Além disso, é possível negociar esses tokens no mercado secundário. Ou seja, o investidor pode vender sua participação se desejar. Tudo isso com a agilidade e a segurança que a tecnologia blockchain proporciona.
A tokenização de imóveis é o futuro?
Ainda que esteja em estágio inicial no Brasil, a tokenização de ativos imobiliários tem grande potencial para transformar a forma como investimos, compramos e vendemos bens imobiliários.
Com mais acesso, flexibilidade e segurança, esse modelo pode se consolidar como uma alternativa eficiente aos métodos tradicionais.
Além de acompanhar essa tendência de perto, a Auxiliadora Predial realizou a primeira venda de imóveis tokenizados do Rio Grande do Sul, com uma transação no valor de R$ 435 mil.
A operação foi feita em parceria com a Netspaces, plataforma especializada na criação e gestão de propriedades digitais. A expectativa é comercializar pelo menos outros nove imóveis tokenizados em Porto Alegre até o final de 2025. Um marco importante que reforça o compromisso da Auxiliadora com a inovação e a democratização do mercado imobiliário.
Quer saber mais detalhes? Você pode conferir a matéria completa no portal GZH. E, se você quer ficar por dentro de mais inovações como a tokenização de imóveis, não deixe de acompanhar os conteúdos do blog da Auxiliadora Predial. Lá você encontra informações atualizadas e dicas para investir bem no mercado imobiliário.