Redação

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07/03/2023

Com sua busca constante pela igualdade no mercado de trabalho, as mulheres também levam a sua força ao mercado imobiliário.

São inúmeros os desafios e o esforço diário para vencer a desigualdade de gênero. No entanto, da compra de um imóvel até a atuação em grupos imobiliários, as mulheres são decisivas.

Vamos saber um pouco mais desse cenário?

 

O mercado de trabalho para as mulheres

Antes de tudo, vale a pena lançar um olhar para o panorama geral. Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a questão da diferença salarial entre homens e mulheres, além das condições de trabalho, praticamente não sofreu alterações nas últimas duas décadas.

Os dados mostram que 15% das mulheres que estão em idade ativa, em todo o mundo, gostariam de ter um emprego, mas não têm. O índice é bem menor em relação aos homens, caindo para 10,5%.

Além disso, a pandemia impactou fortemente as relações de trabalho. Para as mulheres, novamente, o reflexo é mais duro. Para elas, foram 23,6 milhões de postos de trabalho perdidos no segundo trimestre de 2020, momento mais grave da crise. Destes, cerca de 4,2 milhões não tinham sido recuperados até o final de 2021.

Por outro lado, para os homens, os 26 milhões de empregos perdidos já tinham sido totalmente recuperados nessa época.

E, além da questão da oportunidade de trabalho em si, outras discussões como remuneração e o combate ao assédio no ambiente profissional também são preocupações constantes.

Segundo o informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, uma mulher negra recebe cerca de 44,4% da renda média de homens brancos – que estão no topo da escala de remuneração no Brasil.

Já o Instituto Patrícia Galvão, em sua pesquisa Percepções sobre violência e assédio contra mulheres no trabalho, de 2020, mostra que 40% das mulheres entrevistadas já foram xingadas ou já ouviram gritos no trabalho.

 

Leia também:

Dia da Mulher: histórias de empreendedorismo feminino para se inspirar

 

Mulheres no mercado imobiliário

Com tantos desafios a serem encarados de forma geral, as mulheres também têm lutas  travadas há muitos anos no mercado imobiliário.

Um bom exemplo já está logo no princípio dessa história: a liberação para que pudessem exercer a profissão de corretoras de imóveis só aconteceu no ano de 1958.

Segundo o Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (COFECI), hoje, as mulheres têm mais de 30% de representatividade nesta área. O crescimento da participação feminina durante a última década chegou à marca de 144%.

Já na Construção Civil, por exemplo, de 2007 a 2018, um crescimento de cerca de 120% foi registrado na presença de mulheres atuando nesse setor.

E enquanto uma área ampla, como é o mercado imobiliário, a presença feminina pode ser conferida em diferentes ofícios. De engenheiras, arquitetas, corretoras, gerentes de vendas até outros cargos de gestão.

 

Presença feminina na Auxiliadora Predial

Por falar em mercado imobiliário, na Auxiliadora Predial, por exemplo, a presença feminina é reflexo de uma política interna pelo trabalho cada vez mais justo e igualitário.

Atualmente, quase 70% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, que construíram uma carreira sólida em suas trajetórias – um índice que é quase o dobro da média nacional.

Além disso, 73% do quadro geral de funcionários da Auxiliadora, espalhados pelo Rio Grande do Sul e por São Paulo, é feminino.

 

Poder das mulheres na hora de comprar um imóvel

A decisão de comprar um imóvel tem total influência da mulher. É isso que revela uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica.

Na vida de um casal, por exemplo, as emoções das mulheres são mais decisivas na hora de “bater o martelo” sobre comprar ou não um imóvel.

A explicação para isso tem a ver com a intensidade de algumas emoções: as sensações positivas, como felicidade, empolgação e realização, são sentidas entre 10% e 20% mais intensamente pelas mulheres do que pelos homens.

Com a empolgação diretamente ligada à decisão, as mulheres ocupam o lugar de estímulo e determinação do ato de compra de uma nova casa ou apartamento, conforme a conclusão do estudo.

Outro ponto que justifica a análise é que a pesquisa identificou que comprar imóvel é um processo muito mais emocional do que racional.

A Behup também divulgou sua pesquisa A busca pelo imóvel: uma questão de gênero, de 2020, que mostra que mais mulheres do que homens tomam as decisões de imóvel sozinhas ou com pouca influência dos parceiros.

No estudo, identifica-se que as mulheres classe AB já estão bastante empoderadas nas suas decisões de compras de imóveis. Tudo isso só reitera a ideia de que as mulheres estão tomando suas posições de destaque e de empoderamento dentro de diversos cenários, inclusive dentro do próprio lar.

 

Mercado imobiliário: mulher sentada na cama do seu quarto enquanto passa produto no rosto - Auxiliadora Predial
Para as gaúchas, morar sozinha é cada vez mais comum nos índices ligados a domicílio

 

Mulheres que moram sozinhas

Por fim, outro grande ciclo envolvendo o mercado imobiliário e a influência das mulheres, está na vivência dentro de um imóvel.

Em Porto Alegre, capital gaúcha, por exemplo, a maioria das pessoas que moram sozinhas são mulheres. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), essa é a capital em que mais mulheres moram sozinhas, quando comparada à proporção dos homens.

Ao todo, dos 619 mil domicílios em Porto Alegre, 168 mil são ocupados por um único morador. Destes, 57% são domicílios ocupados por mulheres que moram sozinhas, totalizando 96 mil lares.

 

Com esses exemplos, você já deve ter entendido o recado: as mulheres estão, cada vez mais, protagonistas das suas próprias histórias.

Todo esse grande ciclo de empoderamento passa pelo mercado de trabalho e chega, também, à própria casa, seja na forma de morar ou até mesmo de buscar um novo espaço.

Neste mês, marcado pelo 8 março, Dia Internacional da Mulher, essa é a homenagem e o recado mais importante: que possamos ver, de forma cada vez mais frequente, a força feminina, o protagonismo que lhes é justo e a igualdade de gênero devidamente alcançada.

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