A pandemia da Covid-19 transformou radicalmente diversos setores da economia – e o mercado imobiliário, em especial, sentiu fortemente essas mudanças.
O isolamento social, o aumento do trabalho remoto e as novas prioridades das famílias e empresas alteraram o modo como as pessoas escolhem onde morar e trabalhar.
Por isso, a seguir vamos entender o impacto da pandemia no mercado imobiliário e como essas mudanças continuam moldando o setor.
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Principais mudanças que a pandemia trouxe para o setor imobiliário
A pandemia reconfigurou as dinâmicas de oferta e demanda no mercado imobiliário e gerou novas tendências tanto para imóveis residenciais quanto comerciais.
Dessa forma, adaptar-se a esses movimentos tornou-se essencial para investidores, profissionais da área e consumidores que buscam propriedades alinhadas com o conceito do “novo normal” que ganhou evidência a partir de 2020.
Mudanças na demanda por imóveis residenciais e comerciais
O impacto da pandemia no mercado imobiliário ficou evidente com a mudança nos critérios de escolha dos imóveis.
Nas residências, a busca por conforto e funcionalidade ganhou força, com destaque para espaços que comportam o home office, além de áreas ao ar livre e cômodos mais amplos.
Já no setor comercial, a demanda por grandes escritórios caiu, enquanto espaços flexíveis, como coworkings, se tornaram mais atrativos, considerando o aumento significativo do trabalho remoto.
Crescimento do home office e seus efeitos no mercado de escritórios
De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, em 2022, cerca de 9,5 milhões de brasileiros trabalhavam na modalidade remota. Isso demonstra que, mesmo após o pico da pandemia, o trabalho remoto permaneceu relevante, representando uma transformação duradoura no mercado de trabalho e no setor imobiliário.
Com o avanço do home office, muitas empresas reduziram seus custos operacionais ao optar por escritórios menores ou modelos híbridos, que combinam trabalho presencial e remoto. Essa mudança provocou inicialmente uma queda na demanda pelos escritórios de grande metragem em centros urbanos, especialmente em regiões com aluguéis elevados.
Ao mesmo tempo, é importante estarmos atentos a um novo movimento que ganha força nos últimos meses: o retorno ao presencial.
A tendência foi observada justamente com o aumento da procura por locação comercial no primeiro semestre de 2024. De acordo com o Índice FipeZap, o aluguel comercial alcançou R$ 43,57 por m², sendo a maior alta desde 2015.
Para se adaptar à nova realidade, o mercado imobiliário comercial está passando por uma reinvenção. Espaços amplos e tradicionais estão sendo transformados em ambientes menores, flexíveis e colaborativos, atendendo às novas demandas de empresas que priorizam funcionalidade e redução de custos.
Além disso, coworkings e escritórios compartilhados se tornam mais populares, oferecendo soluções ágeis e econômicas para negócios de diferentes tamanhos.
Valorização de imóveis em cidades menores
Com a flexibilidade que o trabalho remoto proporcionou, muitas pessoas deixaram os grandes centros urbanos em busca de qualidade de vida.
Nesse sentido, cidades menores, que oferecem menos trânsito, mais segurança e imóveis mais acessíveis, passaram a ser destinos em alta, valorizando propriedades em regiões antes menos procuradas.
Logo, a descentralização trouxe novas oportunidades para o mercado imobiliário regional.
Transformação digital acelerada no mercado imobiliário
Mas a pandemia não transformou apenas as preferências dos consumidores, impulsionando também a digitalização no setor imobiliário.
Tecnologias que antes eram vistas como um diferencial se tornaram essenciais para atender a um público mais conectado e exigente.
Adoção de tecnologias e visitas virtuais em imobiliárias
A pandemia acelerou a transformação digital no mercado imobiliário com ferramentas como tours virtuais, fotos em 360 graus e assinaturas digitais.
Essas inovações foram fundamentais para manter as operações imobiliárias durante as restrições de mobilidade, permitindo que compradores e locatários visitassem imóveis de forma remota, com total segurança e comodidade.
Além disso, o uso de aplicativos e plataformas online otimizou processos como agendamento de visitas e análise de documentos, tornando a experiência mais ágil e eficiente.
Essas tecnologias, inicialmente adaptadas às exigências do distanciamento social, continuam evoluindo e se consolidando como práticas indispensáveis no setor.
Hoje, as imobiliárias investem constantemente em soluções que proporcionam experiências diferenciadas e atendem às expectativas de um público cada vez mais exigente e conectado.
Como a digitalização impactou o comportamento dos consumidores?
O impacto da pandemia no mercado imobiliário também está relacionado ao comportamento dos consumidores, que agora priorizam comodidade e rapidez nos processos de compra ou locação.
A digitalização trouxe mais transparência e acesso à informação, permitindo comparações mais práticas e decisões mais informadas.
Dessa forma, todas as inovações tecnológicas ajudam a transformar o perfil do cliente, que hoje busca soluções ágeis e digitais para todas as etapas do processo imobiliário.
Perspectivas para o mercado imobiliário pós-pandemia
Em geral, o mercado imobiliário segue se ajustando às novas realidades e ao comportamento do consumidor, que constantemente evolui para se adaptar às novidades.
Todas essas mudanças, somadas à digitalização acelerada, influenciam decisões de compra, locação e investimentos. Logo, entender as perspectivas é essencial para se adequar ao futuro do setor e identificar oportunidades que atendam às novas demandas.
Qual o impacto a longo prazo da pandemia na compra e aluguel de imóveis?
O impacto da pandemia no mercado imobiliário continuará moldando o comportamento de compradores e locatários.
Afinal, cada vez mais as pessoas valorizam imóveis que oferecem qualidade de vida, como áreas externas, iluminação natural e flexibilidade para trabalho remoto.
No segmento de aluguel, a procura por contratos mais flexíveis cresce e reflete a necessidade de adaptação às incertezas econômicas.
Tanto na compra quanto no aluguel, o foco agora está em atender às demandas de um estilo de vida mais integrado e funcional.
Como os investimentos em imóveis estão mudando?
A pandemia trouxe uma nova perspectiva para os investimentos imobiliários, que anteriormente se concentravam em grandes centros urbanos.
Agora, os investidores consideram imóveis em cidades menores, que oferecem potencial de valorização a longo prazo.
No caso dos imóveis para locação temporária, também é possível observar mudanças impulsionadas pelo aumento do trabalho remoto e do turismo.
Assim, o impacto da pandemia no mercado imobiliário transformou e segue transformando o cenário de investimentos, tornando-o mais diversificado e estratégico.
Setores em alta e projeções para os próximos anos
A procura por imóveis que priorizam conforto e qualidade de vida segue em alta, refletindo as mudanças nas prioridades dos brasileiros.
Casas e apartamentos com espaços dedicados ao home office, localizados em cidades menores ou litorâneas, além de ambientes de coworking estão entre os segmentos que mais crescem no mercado imobiliário.
Estudos recentes reforçam essa tendência. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a venda de imóveis em cidades do interior de São Paulo apresentou um aumento expressivo em 2024.
Um exemplo marcante é São José do Rio Preto, onde as vendas dispararam 136% no primeiro semestre, e os lançamentos imobiliários na cidade registraram um crescimento de 255% em comparação ao ano anterior. Esse movimento também impactou o valor do metro quadrado, que acompanha a alta demanda.
A expectativa é de que esses segmentos continuem ganhando força, impulsionados pelas mudanças no estilo de vida, no trabalho e nas prioridades da população. Ou seja, o mercado se adapta a um público cada vez mais atento à importância do bem-estar e da funcionalidade nos espaços que habita.
Como se preparar para o futuro do mercado imobiliário?
Para acompanhar as transformações do mercado imobiliário, é fundamental adotar estratégias que antecipem tendências e se adaptem às novas exigências do setor.
Logo, investidores, compradores e locatários devem se informar sobre as mudanças e planejar suas ações de forma a aproveitar as oportunidades que o mercado oferece.
Estratégias para investidores e compradores se adaptarem às mudanças
Com um mercado em constante evolução, é importante estar preparado para as transformações. Confira algumas estratégias eficazes:
- Avalie imóveis em cidades menores com potencial de valorização.
- Priorize casas e apartamentos com diferenciais, como espaços para home office e áreas externas.
- Invista em imóveis com características sustentáveis e tecnologias inovadoras.
- Mantenha um portfólio diversificado para reduzir riscos e maximizar retornos.
- Acompanhe tendências locais e globais para identificar boas oportunidades.
Leia também: Tendências do mercado imobiliário em 2025: o que esperar?
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