Localizado na Zona Moinhos de Vento e bem próximo ao Centro, Floresta é um bairro único quando o assunto é arquitetura histórica e tranquilidade.
É também um dos mais antigos bairros da capital gaúcha, sendo vizinho de outros bairros tradicionais como Rio Branco, São Geraldo e Moinhos de Vento.
Considerado uma das opções mais tranquilas para jovens famílias, Floresta esbanja simpatia e conforto para seus moradores. Portanto, se você está pensando em morar no bairro, vamos te mostrar algumas curiosidades que vão facilitar a sua escolha. Continue lendo.
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História do bairro Floresta de Porto Alegre
Uma das primeiras áreas industriais de Porto Alegre, o bairro foi responsável por abrigar dezenas de indústrias entre os séculos XIX e XX, expandindo e fortalecendo a economia da cidade.
Isso também fez com que a região ganhasse uma explosão populacional com trabalhadores que mudaram ou migraram para lá para ficar mais próximos do trabalho. Escravos libertos, gaúchos fugindo de guerras civis e massa de imigrantes da europa, juntos, formavam os novos moradores do bairro.
Foi essa classe operária que deu vida à boa parte dos sindicatos, pequenos jornais e outros órgãos de resistência. Estes, em maioria, possuíam sede nas casas do que mais tarde viria a ser o bairro.
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Quarto Distrito
Não temos como falar da história de Floresta sem falar do Quarto Distrito. Formado por ele e outros 4 bairros – São Geraldo, Navegantes, Farrapos e Humaitá – a região é uma das mais inovadoras da Capital Gaúcha.
Essa jornada teve início lá no século XX com a chegada das primeiras indústrias na região. Essas que logo se consolidaram no local graças ao auxílio da linha férrea e a localização privilegiada que facilitava a ligação com outros municípios, bem como a produção e transporte de matéria-prima.
Foi assim que, aos poucos, nasceu o grande centro de desenvolvimento industrial de Porto Alegre. O tempo foi passando e nos anos seguintes avenidas como Farrapos, Colombo e Benjamin Constant se tornaram os endereços preferidos para instalações comerciais e pólos fabris.
Desenvolvimento do Quarto Distrito
O Quarto Distrito já era então, para muitos, objeto de desejo em termos de investimento empresarial. O crescimento e relevância no setor foi tamanho que por um tempo chegou a ser conhecido como “bairro-cidade”. O conceito diz respeito a uma região autossuficiente, com infraestrutura de uma cidade completa.
Em 1970 a região que até pouco antes estava em seu apogeu, se viu em declínio: fábricas fecharam e cada vez menos a região se tornava alvo de interesse comercial e residencial.
Um movimento que talvez possa ser caracterizado como um efeito do chamado “Milagre Econômico” do Brasil (1968 – 1973). Foi nesta época em que o país foi marcado pela aceleração do crescimento e o boom do PIB (Produto Interno Bruto), além da industrialização e baixa inflação.
Com a migração de muitas indústrias para outras regiões, o Quarto Distrito precisou encontrar outros pilares para se fortalecer. Dentre eles, o enorme potencial histórico e cultural. Foi a partir daí que nasceu uma nova era, atual, moderna, criativa e coerente com o momento da capital gaúcha, em constante crescimento e valorização.
Hoje os bairros pertencentes ao Quarto Distrito formam um conjunto de áreas inovadoras e ideais para quem visa empreender. Além de, claro, morar no auge da inovação gaúcha e até mesmo nacional.
A rua mais bonita do mundo
Agora falando exclusivamente dos pontos altos de Floresta, não podemos deixar de falar da rua mais bonita do mundo, a rua Gonçalo de Carvalho. São mais ou menos 50 metros de calçadas com mais de 100 árvores da espécie Tipuana. Por estarem enfileiradas, suas copas formam um túnel que, além de deixar a rua extremamente sombreada, torna o ambiente lindo e com um charme único.
Vista de cima, os prédios se misturam às centenas de folhas das árvores, nos presenteando com uma belíssima paisagem. Contam alguns moradores que elas foram plantadas em 1930 por alemães que trabalhavam na região.
Localizada próximo ao Shopping Total e ao Hospital Moinhos de Vento, entre as ruas Santo Antônio e Ramiro Barcelos, surpreende a todos por sua exuberância e beleza marcante.
Tão única que já é considerada por muitos um patrimônio da cidade, além de ser um dos destinos mais procurados por turistas para fotos.
Locomoção facilitada
Um ponto de grande interesse em Floresta é a locomoção facilitada. Cortado de norte a sul por uma das avenidas mais importantes de Porto Alegre, a Farrapos, o bairro oferece um trânsito rápido e otimizado.
Além disso, engloba outras vias fundamentais para o translado entre bairros/Centro, dentre elas a Cristóvão Colombo e a rua Voluntários da Pátria. Ótimos meios para transitar em poucos minutos para onde desejar, sem o estresse de longos trajetos, especialmente em horários de pico.
Comércio e cultura
Mas não são só as indústrias e áreas verdes que tornam Floresta um bairro interessante, o comércio e o acesso à cultura também. Foi em uma das ruas da comunidade, inclusive, que nasceu uma das mais antigas cervejarias do Brasil.
A Cervejaria Bopp, onde hoje funciona o Shopping Total, é um lugar de memória. A arquitetura do prédio, ainda preservada, foi tombada em 1999 como patrimônio cultural de Porto Alegre. Local imperdível para quem gosta de uma boa dose de cultura e origens. Na época de sua inauguração, chegou a ser considerado o maior prédio de cimento armado no país.
Tudo isso ainda permanece intacto, ainda que agora conte com dezenas de lojas, salas de cinema e lanchonetes para dar vida ao shopping. Vale a visita na Av. Cristóvão Colombo.
Vila Flores
É também em Floresta que fica a Vila Flores, novo local preferido de quem visita Porto Alegre e ama arte e cultura. A vila se trata de um conjunto de 3 edifícios e, entre eles, um grande pátio no qual são realizadas diversas exposições, feiras e outros eventos culturais.
Construído em 1920, preserva a história e a arquitetura da época até hoje. Os moradores do bairro são ativos nas medidas de manutenção a fim de preservar a memória da região. Em 2014 o espaço ganhou um novo nome: Associação Cultural Vila Flores, como é chamado até hoje.
A ideia da associação é deixar ainda mais organizado os espaços e programações que nele acontecem. Para isso, se norteiam em 4 pilares-base:
- Educação;
- Arquitetura e urbanismo;
- Arte e cultura;
- Empreendedorismo.
Com base nisso, desenvolvem agendas com eventos e ações pensadas para contribuir com um ou mais destes pilares.
Ao lado do Centro Histórico de Porto Alegre
Já que falamos em arquitetura e memória, precisamos falar sobre o Centro Histórico da Capital Gaúcha. A menos de 15 minutos de carro de Floresta, a zona central da capital gaúcha guarda belezas que só mesmo um bom amante de história pode apreciar!
Além de todo cenário comum de grandes centros, um robusto comércio, estabelecimentos públicos e serviços essenciais, o Centro Histórico também oferece uma viagem no tempo. Tudo isso às margens do conhecido rio Guaíba.
Mas se você chegou até aqui e ainda não conhece o Centro, listamos 3 lugares que você precisa incluir no seu roteiro de visitas antes de se mudar para Porto Alegre.
1 – Catedral Metropolitana
Também conhecida como Igreja Matriz de Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre, é passagem obrigatória para quem mora ou visita a cidade.
Começou a ser construída em 1921, mas só foi inaugurada em 1986. É famosa por sua cúpula que possui 65 metros de altura do nível da praça que a rodeia. Recentemente, a mesma foi reformada e ganhou uma cobertura especial 100% em bronze.
Ao redor da catedral é possível encontrar também a praça da matriz Juntas, dão vida ao coração da capital gaúcha esbanjando história e arte sacra.
2 – Museu dos Direitos Humanos do Mercosul
Construído entre 1910 e 1914, a antiga sede dos Correios e Telégrafos de Porto Alegre agora dá vida ao Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. Projetado pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn, também autor da Casa de Cultura Mário Quintana, é um espaço único e original.
Uma chance de mergulhar na história e na luta por direitos básicos que até não muito tempo na história eram negados a múltiplas sociedades.
3 – Museu de Artes do Rio Grande do Sul
Por fim, temos o MARGS (Museu de Artes do Rio Grande do Sul). Com um acervo com mais de 3.660 obras de arte que transitam da primeira metade do século XIX até hoje, englobando múltiplas linguagens visuais e fases artísticas.
Pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, fotografias e muito mais. Um convite para mergulhar na arte através do trabalho de incríveis artistas gaúchos e até mesmo estrangeiros.
Agora que você já conhece um pouco da história e os pontos fortes de morar e investir em Floresta, que tal encontrar o empreendimento ideal? Nisso nós podemos te ajudar!
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(Foto Capa: Festa de São Patrício no 4° Distrito | Cesar Lopes/PMPA)