Redação

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09/06/2022

Tem porteiro 24 horas?. Provavelmente você já se fez essa pergunta ou, então, já presenciou alguém próximo questionar se no condomínio da nova moradia, ou que iria abrigar a própria empresa, poderia contar com o serviço permanente na portaria.

Isso prova como esses profissionais são essenciais e fazem parte, integralmente, de nossas vidas.

Por isso, neste Dia do Porteiro, 9 de junho, nós conversamos com duas pessoas que vivem a portaria diariamente, como uma forma de conhecer um pouco mais dessa função e, claro, parabenizar os trabalhadores brasileiros.

Vamos lá?

 

Joacir dos Santos: mais de duas décadas de experiência

Se tem uma coisa que Joacir Silveira Dos Santos sabe é sobre dedicar sua vida à uma profissão. Natural da cidade gaúcha de Fontoura Xavier e com 49 anos de idade, atua há 25 anos como porteiro.

Deste tempo, já são 19 anos de trabalho na Auxiliadora Serviços – “quando até mesmo o uniforme era diferente”, ele lembra.

Iniciou no ramo através da indicação de um amigo e, hoje, é responsável pela portaria do condomínio residencial Santo Inácio, que fica no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, onde está há 12 anos – atualmente como folguista, revezando a rotina do dia e da noite.

Joacir comenta que o fato de trabalhar em um condomínio de alto padrão também gera benefícios para a equipe. “Até para trabalhar é mais confortável. Temos ar-condicionado, wifi, banheiro próximo, entre outras coisas”, conta.

 

Dia do Porteiro: histórias de quem cuida, protege e convive
Dia do Porteiro: Joacir dos Santos desempenha a profissão há 25 anos

Desafios

Para ele, a parte mais desafiadora da profissão é um permanente sentimento de alerta, que faz com que nada passe despercebido. Na portaria estamos em um estado constante de atenção. É um serviço que não dá pra relaxar, sempre atento, preocupado. No dia a dia é puro desafio, por isso rezamos para ter um serviço sem problemas, que tudo ocorra normalmente. Precisamos estar sempre vigilantes”.

Joacir lembra de casos em que pessoas já insistiram, dias a fio, para acessar o prédio e visitar um morador. Sabendo que não era desejo do morador, é nessa hora que a firmeza e a atenção precisam ser redobrados, conforme explica.

 

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A melhor parte da rotina e as boas lembranças

“É um trabalho bom, temos conforto, podemos ficar sentados, podemos usar o telefone, com limite, é claro”, destaca Joacir, quando questionado sobre a melhor parte dos seus dias na portaria.

Além disso, o fato de conhecer tão bem os moradores faz com que pequenas sutilezas se tornem rotina, como é o caso de um condômino que Joacir já conhece até mesmo os hábitos: “quando ele, que tem cerca de 80 anos, sai de casa, precisamos acender todas as luzes do hall de entrada e acompanhá-lo até o carro – e na volta acontece a mesma coisa. E ainda recebemos uma gorjeta como agradecimento”, conta, empolgado.

 

A profissão porteiro na prática

Quando perguntamos a ele sobre a principal característica que um porteiro deve ter, a resposta foi automática: É fundamental que a pessoa tenha honestidade e, também, simplicidade de se manter no seu lugar, de acordo com o seu posto de trabalho”, assegurou.

Por fim, na hora de falar da importância da profissão, ele reitera a necessidade de atenção e alerta em cada atitude. “Temos o privilégio de estar aqui dentro do prédio, em uma área tão reservada, e toda pessoa que chega passa por nós. Eu sempre falo para meus colegas: não podemos colocar palavras na boca de quem chega. Se uma pessoa quer acessar o prédio, ela é quem precisa falar e se identificar. Por isso precisamos ter essa preocupação porque quem abre o portão somos sempre nós. Se não tiver esse estado de alerta, você pode acabar liberando a entrada de quem não deveria. É preciso sempre confirmar com o morador se ele está esperando aquela visita ou não. Então, essa dinâmica toda eu vejo que é a parte mais importante”, conclui.

 

Susan Silverio: uma mulher no comando da portaria

Com muita energia e gentileza pura, Susan Silverio, 46 anos e natural de Porto Alegre (RS), chegou às portarias há 7 anos.

Após atuar por muito tempo no comércio, buscou recolocação profissional para uma rotina mais flexível que pudesse conciliar com a maternidade.

Portanto, com a indicação de um familiar que já atuava na área, começou a trabalhar como porteira em 2015. Depois de passar por alguns condomínios, atualmente está à frente da portaria do prédio comercial Condomínio 1009 da Félix, no bairro Moinhos de Vento na Capital, através da Auxiliadora Serviços

Ela comenta que cada prédio que passou se difere do outro. “Existe um manual geral da portaria, mas cada condomínio também tem suas regras. Existem diferenças sobre as pessoas, sobre a forma de receber, acesso liberado ou acesso restrito, cada condomínio tem sua particularidade”, explica.

 

Dia do Porteiro: histórias de quem cuida, protege e convive
Dia do Porteiro: Susan Silverio mostra a força feminina na portaria

Desafios

Para Susan, um dos pontos mais desafiadores da rotina é ter a sensibilidade de atender as pessoas, compreender o humor de cada um e se adaptar a essas ocasiões. “O ser humano tem altos e baixos. Em um dia, a pessoa pode estar sorrindo para mim e, em outro, com a expressão fechada. Então, é preciso saber o momento certo de sorrir e acolher, e o momento de ser mais discreto e se recolher. A gente acaba conhecendo a rotina e o humor das pessoas”, conta.

Ela lembra que a percepção se torna tão aguçada que, em um certo dia, notou que a rotina de um condômino estava diferente e, após investigação policial, foi constatado que ele estava sendo vítima de um golpe. “Se eu não tivesse observado as reações dele, não notaria que tinha algo errado”.

Por outro lado, o senso observador e a gentileza nata de Susan já fizeram ela viver alguns momentos marcantes. “Já fui surpreendida por ser tratada com muito amor pelas pessoas. Em um prédio que trabalhei e que recebia pessoas de vários estados em curta permanência, duas mulheres me convidaram para almoçar com elas só porque queriam a minha companhia, compartilhar da minha energia. É muito gratificante”, lembra.

 

A profissão porteira na prática – e a força feminina

Antes de responder sobre como é exercer um cargo que é ocupado, na maioria das vezes, por homens, Susan dá uma risada leve. Quase como se fosse o amor, o alívio e a força misturados em uma reação só.

“Eu me sinto orgulhosa porque consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo e ser muito atenciosa, alguns atributos que vejo que as mulheres são excelentes em executar – tudo ao mesmo tempo e, tudo isso, com feminilidade”, ela avalia.

Porém, como diz o ditado, nem tudo são flores: “É claro que, às vezes, existe o preconceito. Alguns homens até tentam intimidar as mulheres, somente por serem mulheres exercendo a profissão, mas a minha postura é sempre a mesma: estou fazendo o meu trabalho. Independente de quem você seja, eu vou sempre exigir a identificação antes de liberar a entrada no prédio, por exemplo”.

Para exercer a profissão de porteira, ela deixa a dica para outras mulheres: “É imprescindível ter comprometimento e caráter, especialmente quando você erra. E ter sempre uma boa apresentação, o uniforme precisa estar impecável. Saibam que a importância da nossa função se dá em manter a segurança e o conforto para quem paga o nosso salário”.

 

Com os relatos de quem está na portaria diariamente, fica fácil entender como a responsabilidade e a gentileza são essenciais. O Dia do Porteiro não é apenas uma data no calendário, é uma forma de valorizar e dar voz para aqueles que cuidam, protegem e convivem com todos.

 

Precisa de ajuda com a portaria do seu condomínio? Veja agora como a Auxiliadora Predial pode facilitar a rotina condominial.

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