Para quem vive no aluguel, ter um imóvel para chamar de seu é um dos maiores sonhos. Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, 87% dos brasileiros sonham em adquirir uma residência.
Realizar esse sonho pode não ser uma tarefa muito fácil. Por isso, é preciso entender como comprar a casa própria do jeito certo! Continue no texto e entenda melhor de que forma você pode se organizar para tornar tudo possível.
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O que é preciso?
Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que a compra da casa própria é um passo importante na vida de qualquer pessoa. É preciso ter calma, conseguir avaliar sua realidade financeira atual e criar um plano de ação, partindo daí.
Por isso, o primeiro passo é ter um bom planejamento financeiro. Se você não tem o costume de acompanhar seus gastos, comece por aí. Identifique todas as suas despesas fixas e variáveis. Com isso você passa a visualizar a movimentação do seu dinheiro. A partir daí, será possível traçar uma rota para tornar o sonho possível.
A depender do modelo de compra escolhido, existirão vários gastos envolvidos. Documentação, entrada do imóvel e as próprias parcelas são alguns deles. É necessário entender todos esses gastos, que também vão variar de acordo com o valor do imóvel escolhido.
Além disso, as taxas de juros também precisam ser estudadas. Escolha conforme a melhor oferta disponível. Cada instituição financeira opera a partir de sua própria tabela.
O modelo de compra também é algo que você deve pensar. O valor total do imóvel é diretamente afetado por estes fatores.
Sem uma organização financeira será impossível conseguir economizar o dinheiro necessário para iniciar o processo de compra da casa própria. Então entenda que esse é o ponto inicial de tudo. Para ter sucesso neste empreendimento, você vai precisar aprender a ter controle financeiro.
Ainda, se possível, até a como gerar mais renda, para acelerar o processo. Então tenha paciência e não tente pular essa etapa. Com organização, paciência e dedicação, você vai conseguir!
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Como comprar a casa própria ideal?
Existem muitos fatores a se levar em consideração antes da compra da casa própria. Afinal, é importante que a escolha seja a melhor possível. Mas os sentimentos não devem influenciar tanto na tomada de decisão. Tenha foco e estabeleça suas prioridades e necessidades. Dessa forma, é garantido que a decisão será certeira.
Abaixo, reunimos alguns elementos importantes que devem ser estudados antes da compra do seu primeiro imóvel:
- Valor total do imóvel
- Modelo de compra
- Formas de pagamento
- Gastos com documentação
- Se será um imóvel novo, usado ou na planta
- Localização do imóvel
- Tipo de imóvel que se deseja comprar
- Configuração ideal da casa própria para as necessidades da sua família
- Estado atual das instalações do imóvel
- Conformidade jurídica
Por mais que alguns itens tenham mais relação com o lado burocrático, perceba que outros são mais subjetivos. A localização do imóvel, por exemplo, influencia no estilo de vida, podendo refletir no aumento ou até na contenção de despesas.
Tudo deve ser avaliado com calma. Só assim será possível escolher o seu primeiro imóvel ideal!
Existe algum benefício para comprar o primeiro imóvel?
Existem muitos gastos envolvidos, e isso é um dos fatores que assustam muitas pessoas. Mas pode se acalmar, temos uma boa notícia. Muita gente não sabe, mas o artigo 290 da Lei 6015/73, que trata sobre os registros públicos, prevê que:
“Os emolumentos devidos pelos atos relacionados com a primeira aquisição imobiliária para fins residenciais, financiada pelo Sistema Financeiro da Habitação, serão reduzidos em 50%”
Pode não parecer muita coisa, mas esse tipo de documentação, como taxas de registro e escritura, chegam a valer de 2 a 3% do valor total do imóvel. Se considerarmos o maior valor de um imóvel, permitido pela Lei, que é de R$ 500.000,00, o valor total das taxas pode chegar a R$ 15.000,00. Com o desconto aplicado, a economia é de mais de R$ 7 mil.
Como comprar a casa própria com renda baixa?
Muitas pessoas desanimam da ideia de comprar seu primeiro imóvel por acreditar que uma renda baixa não permite a aquisição. Porém, existem diferentes formas de se realizar esse sonho. Há diferentes programas disponíveis, assim como formas de financiamento imobiliário, sujeitos a linhas de crédito diferentes.
As suas possibilidades precisam ser estudadas, novamente, com cautela. Opte pelo que for mais favorável e possível. Instituições financeiras, direto com a construtora e programa de incentivo à moradia do governo são algumas opções para possibilitar a compra da casa própria.
Vale a pena financiar imóvel?
Sim! Depois de se organizar financeiramente e entender os custos envolvidos nessa aquisição, fica evidente que é uma boa escolha. O financiamento tira você do aluguel, por mais que ele possa representar uma alteração nos gastos, você está investindo na casa própria.
Com a estratégia certa, será possível alcançar novos patamares de realização. Além disso, quanto maior for a sua disposição de renda, maior será o seu poder de negociação na hora de concluir o contrato do financiamento.
Entender quais são as formas de financiamento e como elas funcionam é fundamental. Alguns critérios variam de acordo com o estado brasileiro. Um deles é a renda máxima familiar, que, dependendo do valor, se enquadra em diferentes tipos de financiamento imobiliário para comprar a casa própria.
Independentemente se o imóvel é novo ou usado, os tipos mais comuns de financiamento são:
- Direto com a construtora
- Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
- Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)
- Programa Minha Casa, Minha Vida
- Sistema Price
- Sistema de Amortização Constante (SAC)
- Sistema de Amortização Crescente (Sacre)
- Com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
- Com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)
Cada uma dessas soluções possui exigências diferentes e atuam sob taxas diferentes. Cabe a você estudar qual é a melhor opção para a sua situação. Além disso, se você pretende usar o FGTS para comprar imóvel, saiba que essa prática só pode ser realizada pelo SFI e SFH.
Esses tipos de financiamento imobiliário podem ser usados para a compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão. Mas suas taxas de juros variam entre as modalidades.
Qual a renda mínima para financiar a casa própria?
Não existe um valor mínimo de renda para fazer um financiamento imobiliário. Ainda assim, é importante lembrar que o valor das parcelas não pode ultrapassar 30% da renda mensal total. Esse sim é um fator limitante do processo.
Na prática, isso quer dizer que se você ganha R$ 2.500,00 por mês, R$ 750,00 será o valor máximo permitido para o seu financiamento. Isso vai se relacionar, no fim das contas, com o valor final do imóvel que se deseja, que será diluído em parcelas.
Para entender melhor sobre como isso funciona, você pode fazer simulações de crédito. Para isso, basta procurar uma construtora ou instituição financeira. Esse tipo de prática é comum, e faz com que você tenha uma noção mais real do cenário.
Quem não pode fazer um financiamento?
Ao embarcar nessa jornada, é interessante também entender o que pode ser um impeditivo. Existem algumas situações nas quais o financiamento não é liberado. Vamos entender um pouco mais sobre elas.
Renda insuficiente
Já comentamos que não existe uma renda mínima. Mas, ainda assim, o valor das parcelas não pode ultrapassar 30% da renda mensal. Não pense que esse valor é isolado. A renda familiar é levada em consideração no momento do cálculo.
Quando isso acontece, outros integrantes da sua família também participam do financiamento e têm parte do imóvel ao final. Sendo uma excelente forma para conseguir aumentar o valor final da renda mensal.
Falta de dinheiro para a entrada
Comentamos como a organização financeira é essencial. Se você estudou o suficiente sobre os processos de financiamento, já deve saber que eles cobrem 80% do valor total. Os outros 20% são pagos em forma de entrada, pelo próprio solicitante.
Muitas pessoas utilizam o FGTS para pagar a entrada do imóvel. Tenha em mente que quanto maior for o valor da entrada, menor será o valor final do financiamento.
Comprometimento de renda
A avaliação de crédito é fundamental para atestar a viabilidade do financiamento imobiliário. Nesse processo, suas informações serão consultadas nos birôs de crédito, que detém todo seu histórico de pagamento.
Se, durante esse processo, for constatado que existem empréstimos ou dívidas em andamento que comprometam parte da sua renda, a chance de recusa é grande.
Nome negativado
Ter o nome negativado é um dos impedimentos mais comuns. Infelizmente o Brasil possui grande parte da sua população. São mais de 65 milhões de pessoas que não estão em conformidade com suas dívidas.
Se essa for sua situação, não desanime. Foque em controlar suas despesas e entender como o seu dinheiro tem sido usado. Depois, tente traçar um plano para melhorar a situação financeira.
Para o caso de dívidas que você acredita não ter condições de arcar, calma, para tudo existe solução! De tempos em tempos ocorre o Feirão Limpa Nome do Serasa, no qual é possível negociar dívidas com condições muito favoráveis aos devedores.
Documentação pessoal
Como qualquer transação, existe o envolvimento de burocracia. Documentos como RG e CPF, assim como comprovantes de rendimento, serão necessários para concluir a compra.
Fique de olho, a Declaração de Imposto de Renda é importantíssima nesse processo. Se você possui algum impedimento, é melhor regularizar sua situação antes de iniciar o processo.
Documentação do imóvel
Além de comprovar a situação do comprador, a situação legal do imóvel também será avaliada. Será necessário comprovar que o imóvel não possui nenhuma dívida, nem está atrelado a processos judiciais.
Nos casos de comprar direto da planta, ou um imóvel novo, esse processo é mais fácil. Já que não existe nenhum dono anterior, toda a papelada pode ser obtida direto com a construtora.
Como você viu, existem muitas questões envolvidas nessa aquisição. Como comprar a casa própria ideal por meio de financiamento é uma decisão financeira importante, é esperado que envolva muito estudo e paciência.
Por mais que possa parecer difícil, não desista do seu sonho! Entenda sua situação financeira e desenvolva um plano de ação que viabilize o processo. Alcançar essa conquista pode até não ser fácil, porém, com determinação, você consegue.