Morar em um condomínio traz diversos benefícios quando o assunto é segurança e serviços, mas para ter tudo isso, é preciso arcar com a taxa condominial. A taxa de condomínio nada mais é do que uma cobrança feita mensalmente pela administração do prédio, com o objetivo de custear as despesas do local.
Esse valor pode passar por reajustes anuais acordados em assembleia dos contribuintes. Isso se aplica a prédios residenciais e comerciais, com o intuito de manter a estrutura e instalações saudáveis.
Mas, se você é do time que adoraria pagar um pouco menos de condomínio, esse texto é para você. Continue lendo e descubra tudo o que você precisa para diminuir a taxa condominial do seu prédio.
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Para que serve a taxa condominial?
Antes de tudo é importante entender que o objetivo principal da taxa condominial é manter a infraestrutura do condomínio em ótimas condições.
Com isso, ela custeia uma série de custos necessários, desde limpeza até segurança. Entre os principais pontos de cobertura podemos destacar:
- Salário de colaboradores como porteiros, síndicos, auxiliares de limpeza, etc;
- Compra e manutenção de itens de segurança como portão eletrônico, câmeras, cercas elétricas e afins;
- Pagamento de impostos e despesas básicas como água e luz;
- Produtos de manutenção e limpeza para cuidar de quadras, piscinas, etc;
- Obras e reformas em áreas comuns e conserto de elevadores;
- Fundo de reserva para gastos imprevisíveis e emergenciais.
Dessa forma pagar a taxa de condomínio se torna obrigatória a todos os moradores e compreendida como uma despesa mensal fixa.
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Como funciona a cobrança?
Agora que você já entendeu a importância da taxa de condomínio, deve estar se perguntando: qual a forma certa de calcular?
De maneira resumida, são somadas todas as despesas do condomínio, conforme mencionado acima, e dividido pelo número de usuários. Porém, pode existir uma variação da forma de cobrança. As três formas são:
- Fração ideal: o cálculo de quanto cada unidade do condomínio vai pagar depende do tamanho da propriedade privada. Então, quem tem um apartamento ou casa maior, pagará mais.
- Unidade: neste formato, as despesas são divididas igualmente para cada unidade, independentemente do tamanho do espaço privado.
- Forma híbrida: considera-se a diversidade das habitações do condomínio, em que algumas entram no modelo fração ideal e outras no rateio por unidade. Também pode haver diferenciação conforme o tipo de despesa. Por exemplo, a divisão será por unidade quando se trata de despesas como conservação e manutenção, mas quando há despesas extraordinárias, como obras que agregam valor ao imóvel, realiza-se a fração ideal.
O Código Civil recomenda que seja adotada a Fração Ideal, mas abre espaço para outros acordos. Então, tudo deve ser decidido em assembleia.
6 medidas para diminuir a taxa condominial
1 – Tabele e otimize todos os gastos
A organização financeira é a melhor amiga da economia! Por isso, aprender a tabelar todos os gastos do condomínio tende a ser uma excelente saída para controlar melhor as saídas de dinheiro.
Vale englobar tudo, desde gastos fixos até as variáveis. Hoje em dia existem diversas ferramentas digitais que podem ajudar nesse processo.
A mais tradicional delas é o Excel, mas você também pode optar por um serviço de gestão para condomínios.
Ah e não se esqueça: para que a planilha continue sendo útil ela precisa estar sempre atualizada! Crie o hábito de deixar um momento do seu dia ou semana para atualizá-la.
2 – Invista em tecnologia
Há quem tente fugir da tecnologia, mas hoje em dia é quase impossível, principalmente quando o assunto é otimização de tempo e economia de dinheiro.
É uma aliada na redução do custo da taxa condominial oferecendo algumas vantagens como:
- Adesão de portaria virtual, isentando a necessidade de contratar porteiros em turnos de 24 horas;
- Economizar tempo investindo em serviços de gestão para condomínios;
- Melhorar a segurança com câmeras, portões eletrônicos e, consequentemente, reduzir gastos inesperados que um maior controle do perímetro contribui.
Ainda que alguns dos itens acima simbolizem um alto custo inicialmente, com instalações, equipamentos mais caros e afins, a longo prazo vale a pena.
Esse é um ponto importante que sempre é preciso levar em consideração. Muitas vezes, para economizar de verdade é preciso fazer alguns investimentos. Isso, é claro, sempre visando os resultados a médio e longo prazo.
3 – Faça reavaliação periódica de gastos fixos
Sabe a tabela de finanças? Então, como falamos, ela não deve nunca ficar parada. Faça uma avaliação constante dos gastos. Veja suas reais necessidades e busque sempre alternativas de otimizá-los, claro, sem prejudicar a saúde e qualidade do condomínio.
Estamos em constante mudança, os moradores do condomínio também. Por isso, o que é válido hoje, pode não ser daqui alguns meses. Fique sempre de olho!
4 – Busque medidas para reduzir o consumo de energia
O consumo de energia com certeza representa uma boa parcela dos gastos de um condomínio. Sendo assim, que tal buscar alternativas?
Optar por lâmpadas ecológicas, em LED, que costumam ter menor gasto de energia, é uma solução. Pensar na energia solar fotovoltaica como uma opção também pode ser excelente, caso seja da realidade do condomínio.
Afinal, representa um grande investimento, mas com resultados imediatos na economia.
Outras dicas:
- Investir em sensores de presença;
- Diminuir o número e o tempo de luzes acesas nas áreas comuns;
- Manter desligados equipamentos fora de uso;
- Acordar com todos os moradores e funcionários a ideia de colocar em prática atitudes em prol da redução de despesas.
5 – Encontre alternativas para economizar água
Lado a lado com a energia, a água é uma grande inimiga da economia e diminuição da taxa condominial. Não apenas pelo consumo, mas por, muitas vezes, termos o hábito de não fazer uma manutenção periódica em hidrômetros e caixas d’água.
Vazamentos se não percebidos e solucionados com rapidez, podem representar um grande aumento nos custos.
No geral, vale adotar algumas medidas preventivas:
- Evite lavar calçadas e estacionamentos com muita frequência;
- Invista em hidrômetros individuais para cada residência, isso possibilita que a cobrança passe a ser proporcional ao consumo e o torna mais consciente;
- Faça inspeções constantes e esteja sempre de olho em possíveis vazamentos;
- Analise a possibilidade de instalar sistemas de reuso de água para regar o jardim e até mesmo servir para atividades básicas de limpeza do dia a dia.
Por fim, promova campanhas educativas, afinal, ninguém faz mudanças significativas sozinho!
Estimule os moradores a serem mais conscientes no consumo.
6 – Faça a cobrança de inadimplentes
Esse talvez seja o mais difícil em todo o processo de economia, especialmente quando o assunto é reduzir a taxa condominial. Por essa razão é importante ter um controle assertivo de quem são os inadimplentes e desenvolver um esquema efetivo de cobranças.
Lembrando sempre de que uma boa conversa é a melhor amiga da boa convivência em um condomínio. Neste tempo, é fundamental que o fundo de reserva do condomínio se mantenha saudável e com condições de suprir tal prejuízo temporariamente.
Erros comuns no reajuste da taxa condominial
Agora que você já sabe o que pode fazer para diminuir a taxa condominial, é importante lembrar também dos erros mais comuns e que devem ser evitados.
Separamos os principais deles para te ajudar:
- Não atualizar a taxa condominial anualmente por achar que não é necessário já que o condomínio fechou o ano “no azul”;
- Não contabilizar o aumento de itens fundamentais, reajuste de salários e inflação de produtos e serviços;
- Esquecer de deixar uma margem de segurança na taxa condominial, dessa forma, sendo insuficiente para cobrir imprevistos;
- Ignorar a média de inadimplência do condomínio.
Administrar as contas de um condomínio exige responsabilidade e organização financeira, por isso é preciso contar sempre com uma margem de segurança.
Ou seja, uma reserva em caixa para imprevistos, possíveis manutenções, coberturas de danos que surgiram repentinamente após tempestades, fenômenos climáticos e afins.
É a margem que dará a tranquilidade de resolver esses problemas sem precisar fazer chamadas de capital sem planejamento ou aviso prévio. O recomendado é que esse “extra” gire em torno de 5% a 10% do valor das contas gerais do condomínio.
Vale ressaltar que este valor não é o mesmo que o fundo de reserva, que já deve existir devido a Lei.
Uma sugestão é acordar o valor da margem de segurança em assembleia, assim todos os condôminos têm a chance de opinar e ter pleno conhecimento do destino dos investimentos. Podendo inclusive, em maioria, escolher pela não existência da reserva.
E aí, pronto para colocar em prática as dicas e economizar? Antes de ir, leia também alguns conteúdos que podem te interessar:
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